Você anda sonhando com uma vida mais segura e tranquila, para você e sua família, mudando-se para os Estados Unidos? Há muitos anos, esse tem sido o desejo de milhares de brasileiros. Claro que toda essa paz só será garantida com uma entrada de forma legal no país — quem sabe até obtendo o tão desejado Green Card, através do Visto EB5?
Antes de tomar uma decisão definitiva, é importante pesquisar sobre os melhores lugares para se viver nos Estados Unidos, aliando oportunidades de trabalho, ofertas de escolas e universidades para seus filhos e, até mesmo, o clima. Mas um dos pontos mais importantes em sua pesquisa deve ser sobre o custo de vida nos EUA.
Afinal, a intenção, aqui, é melhorar as suas condições atuais, não é mesmo? Neste artigo, vou mostrar para você alguns dos principais aspectos sobre esse tema. Vamos à leitura?
Moradia
O comprometimento da sua renda com o aluguel de imóveis nos Estados Unidos é muito semelhante ao brasileiro. Assim como no Brasil, os valores dependem da combinação de fatores, como a localização, o tamanho do imóvel e a infraestrutura oferecida, com um fator a mais, a escola publica da região.
Assim, determinados lugares, como Nova York, podem ser muito caros, em especial, se você escolher Manhattan, que pode cobrar de US$ 900 a US$ 3,1 mil, dependendo do imóvel.
Em Orlando, na Flórida, é possível encontrar uma casa confortável, no estilo geminado, bem típico do local, por valores próximos a US$ 1,1 mil ao mês. Já em Houston, no Texas, os preços dos aluguéis são muito mais baixos, perto de US$ 700.
Energia, água, internet e gás
Quando se fala em moradia, é preciso considerar os gastos que acompanham, por exemplo: energia, telefone/internet, água e gás. A cidade de Los Angeles, apesar de o seu custo de vida ser considerado alto em relação a outros municípios dos Estados Unidos, é um dos locais com menor custo de internet e telefone. Por mês, gasta-se por volta de US$ 50. Já as outras contas, juntas, custam, em média, US$ 150.
Já em Chicago, o morador gasta cerca de US$ 120, com luz, água, gás e lixo. Com internet e telefone, há um acréscimo de US$ 60.
Transporte
Saber como ir de um lugar para outro é uma das maiores preocupações de um recém-chegado. Conhecer a nova cidade leva algum tempo, mas saber quais opções de transporte estão à disposição é mais rápido e prático. Lá, assim como no Brasil, os ônibus são uma opção comum. Em algumas cidades, como é o caso de Nova York, você pode optar pelo passe mensal (que engloba ônibus e metrô), que custa, em média, US$ 120.
Na Filadélfia, o morador tem custos de até US$ 100 com transporte, por mês. Valores similares são encontrados em Chicago e Los Angeles. O que indica que, apesar de cada cidade ter suas regras específicas, o valor de transporte é, praticamente, uma média nacional.
Assim como no Brasil, nos Estados Unidos, os aplicativos de mobilidade urbana, como o Uber, são muito comuns. Eles funcionam como uma alternativa mais acessível, em relação aos táxis, que costumam cobrar até US$ 2 por quilômetro rodado.
Transporte próprio
Se você optar por comprar um transporte próprio, precisará considerar os custos com gasolina. Nos Estados Unidos, a gasolina é mais barata que no Brasil, podendo custar até US$ 0,71 (o litro) em algumas cidades. Barato, não é? Imagina o IPVA… Na Florida por exemplo é uma taxa de $50,00 por ano.
Dependendo de onde você for morar, será até necessário ter um carro próprio. Um exemplo disso é Houston, no Texas e Orlando, na Flórida. Lá, a logística da cidade foi pensada e adaptada para atender quase que exclusivamente a automóveis, o que enfraqueceu o transporte coletivo.
Saúde
Você considera os valores dos planos de saúde brasileiros muito altos? Pois, nos Estados Unidos, não é muito diferente. Famílias grandes terão gastos bastante elevados por mês para garantir assistência médica aos seus entes. Os valores podem variar entre US$ 350 e US$ 500, mensalmente.
Mas saiba que, assim como no Brasil, é fundamental contar com um bom plano. Isso porque não há um sistema de saúde, como o SUS, que atende de forma totalmente gratuita, nos EUA. E, dependendo do seu visto não é permitido usufruir de benéficos públicos que são reservados para residentes permanentes apenas.
Portanto, vale a pena reservar parte do seu orçamento para um seguro saúde.
Estudos
Para quem tem filhos em idade escolar, essa costuma ser uma das grandes preocupações. Se eles forem menores de cinco anos, podem ir à pré-escola, mas esse serviço é oferecido apenas por instituições privadas. O custo é de US$ 1 mil por mês, em média.
De fato, a educação americana pode ser bem cara, dependendo da instituição escolhida. Anualmente, o custo de uma escola pode chegar a US$ 25,2 mil, em média. Grande parte das escolas particulares nos EUA, no entanto, oferece bolsas de estudo, dando oportunidades a famílias com renda mais baixa.
Mas as melhores opções são as escolas públicas, que são gratuitas e, muitas vezes, oferecem o ensino com mais qualidade do que as privadas. Em especial, na comparação com as brasileiras. Contudo, aqui também vale observar se o seu visto permite usufruir desse beneficio. Na universidade, o investimento cresce para US$ 33,4 mil por ano, em média.
Alimentação
Como em todos os lugares, a alimentação impacta no custo de vida nos EUA dependendo de como são os hábitos alimentares da sua família. Para aqueles que fazem as refeições em casa, certamente, ele é menor, podendo chegar a US$ 350 mensais, variando a depender da região que você escolher para morar.
Comer fora é um hábito em Nova York, por exemplo, mas os valores são mais altos. Um sanduíche na Big Apple pode custar US$ 15, enquanto uma refeição completa, mas simples, US$ 30 por pessoa.
O custo de vida nos EUA não é baixo, mas se forem colocadas na balança as vantagens de viver em um país que oferece mais segurança, qualidade de vida e uma experiência incrível para você e sua família, vale a pena.
E, em comparação a grandes cidades brasileiras, as diferenças também não são tão grandes, já que os salários são maiores.
Lazer
As atividades de lazer também merecem destaque nesta lista. Até porque não se pode considerar apenas moradia, transporte e demais despesas, sem lembrar que os Estados Unidos são uma fonte inesgotável de opções de entretenimento para todas as idades e gostos. Por isso, se você planeja ir para o país em breve, lembre-se de levar isso em consideração.
Em Orlando, por exemplo (que é considerada a capital do entretenimento), tem sugestões para todos os gostos. Se prefere passeios em família, que tal ir à Disney? É uma experiência única e, diferente do que muitos acreditam, não se resume a atrações infantis. Quem reside no estado pode até aderir a um dos planos anuais que o complexo oferece, que custam a partir de US$350, por ano. Outra dica válida, caso você seja ou se torne cliente do Bank of America, é que eles oferecem o benefício de gratuidade de entrada em museus, no primeiro final de semana de cada mês.
Já em Houston, as opções também são acessíveis. Lá, você pode aderir ao CityPASS, que dá direito a entrar em até cinco atrações, como o aquário municipal, o centro espacial e alguns museus. Ele custa cerca de US$ 60.
E então? Deu para ter uma noção de quanto se gasta morando nos Estados Unidos? Se você está indo para a América e já tem um emprego, é bem mais fácil. No entanto, se não for o caso, reserve algumas economias, levando em consideração os pontos acima, para evitar sufoco nos primeiros meses.